Isso
mesmo – depois de quase um ano sem escrever, papai consegui me
convencer de que meu trabalho é único e pode ajudar muitas crianças
(e pais) a entenderem-se melhor. Estou perto de completar dois anos
e, por isso, vocês podem estranhar um pouco minha nova fase mais
falante e cheia de amores objetais.
As
novidades? Bem, vou contando devagarzinho, mas posso adiantar que não
sou mais aquele bebezinho que cambaleava tentando levar seu corpo
para frente e aguentava tudo calado. Isso me ajuda muito, pois agora
posso lutar contra o desejo dos adultos de me fazerem seu objeto
particular. Eles me colocam no colo, me apertam e querem que eu fique
ali, parado e sorridente. Não entendem que já passei dessa fase.
Por
exemplo... domingo, depois do culto, Gaby (depois falo mais dessa
menina <3) e eu estávamos brincando de corrida por debaixo das
cadeiras. A gente se abaixa e vai passando pelas pernas das cadeiras
até chegar ao final do corredor. É muito legal e a gente estava se
divertindo muito. Mas minha mãe me chamou bem no meio da parte mais
legal. Pensam que eu amarelei? Que nada! Como sei que mamãe anda
devagar quando está de sapatos altos, comecei a correr pelos
corredores. Foi divertido fugir enquanto ela tentava me pegar!
E os
desenhos animados? Agora que consigo falar os nomes dos meus
personagens favoritos, posso escolher aqueles que vou assistir.
Passei da fase da “Galinha Pintadinha” e dos “Teletubbies”
(embora tenha uns flashbacks vez por outra). Agora vejo “Pocoyo”,
“Rucca”, “Bom Esponja”, “Kong Fu Panda” e, quando meu
irmão está de posse do retângulo mágico que controla a televisão,
fico sentando vendo “Super Onze”. Mesmo não entendendo muito,
tem bola e gol. E como meu irmão de 15 anos curte, acabo me sinto
quase um adolescente também...
Nada
melhor do que poder andar para onde se quer e poder escolher o
desenho que quero assistir... Acabo concordando com papai: a
maturidade traz independência.
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