segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Minha certidão de nascimento

Oficialmente, existo. Meu pai compareceu ao cartório, disse qual seria meu nome e pronto: para a lei, existe um Pietro. Fico feliz por isso.

Dizem que o registro é gratuito. Mas os tabeliães sempre dão um jeito de ganhar. Então, foi oferecido ao meu pai uma segunda via de minha certidão. Ela é especial, pois tem um formato menor, do tamanho de uma identidade, além de ser colorida. É claro que ele... comprou. Sim, comprou – pois a tradicional é gratuita, mas essa, plastificada, custa uma graninha. Mas vocês sabem como são os papais de verdade: se eles podem e não vai nos fazer mal, eles fazem o sacrifício.

Confira a foto: http://flic.kr/p/8wLFhD! Até o próximo post!

sábado, 28 de agosto de 2010

Dependente de leite

Boa noite. Me chamo Pietro e sou viciado em... leite da mamãe. Tenho que reconhecer minha dependência. Não que seja algo ruim. Na verdade, todos concordam com minha dependência. Mas, às vezes, exagero.

A madrugada de hoje é um exemplo disso. Depois de acordar às 2 horas, mamei e fui colocado para dormir às 2h30. Mas meus pais logo viram que eu estava sem sono e começaram a o revezamento. Meu pai ficou comigo das 2h30 até as 4h. Brincamos de balançar na cadeira de amamentar da mamãe, fazer caretas, receber cócegas e fazer fotos (brincadeira favorita do meu pai).

Quando finalmente consegui cair no sono, para desespero de meu pai, minha dependência falou mais alto. E como num ato inconsciente, comecei a soluçar. Só há uma solução para soluço: mais leite da mamãe. Me esbaldei em todo aquele leite gostoso. Mas como tudo tem seu preço, fiquei de barriguinha lotada e terminei a noite na cadeira de amamentar da mamãe golfando (ou regurgitando, como dizem os médicos). Papai e mamãe morreram de rir, mas foi muito divertido.

Claro que meu pai fez uma foto desse momento... Acesse http://flic.kr/p/8wctC5.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Remédio rosa

Visitas. Minha vida tem se resumido a receber as visitas que desejam me conhecer. Claro que eu adoro! Afinal, elas sempre trazem colo, dengo, carinho e elogios. Quem não gosta disso? Mas desde ontem meu pai e minha mãe têm me levado a uns lugares meio chatos...

Ontem fui a um posto de saúde. Particularmente, acho que o nome deveria ser mudado para “posto de sofrimento”. Foram duas vacinas: uma no braço (daquela que deixa a cicatriz para sempre) e outra na coxa. Meu pai disse que eu fui valente, que resisti bravamente – chorei pouco, muito pouco mesmo. Fiquei meio dolorido à tarde, mas mamãe me dei um remédio rosa e tudo ficou certo.

Hoje eu conheci o lugar onde meus pais faziam minhas fotos ainda na barriga da minha mãe. Fica do lado da clínica onde nos encontramos com a pediatra. A médica disse que eu estou bem. Só não não gostei de algo: ela apoiou meu pai na ideia de que preciso de limites para minhas mamadas. Meu pai já estava estipulando prazos mínimos e máximos – ela deu total apoio a ele.

Por fim fiz o teste do pezinho (sugiro a troca do nome para tortura de menores legalizada). Então já sabe: hoje tem remédio rosa e tudo ficará certinho.

Espero sua visita!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Ontem levei bronca

Ontem de madrugada, levei minha primeira bronca. Não houve beliscões, tapinhas ou gritaria. Foi uma conversa ao estilo de meu pai: olho no olho.

Já eram mais de duas da madrugada. Minha mãe e meu pai já haviam verificado minha fralda, me alimentado, checado se eu estava com algum desconforto intestinal e até visto se eu estava com frio. Claro que não se tratava de nada disso. Eu queria mesmo era o colinho deles. É muito mais quente que meu berço, mesmo depois que estou coberto. Assim, eu “dizia” que queria ser amamentado, mas ao chegar aos seios da mamãe, logo eu caía no sono.

Minha brincadeira não durou muito. Meu pai olhou bem nos meus olhos e me disse para parar de brincadeira. Que eu iria para o berço, seria coberto e ali dormiria. O máximo que ele faria era me dar o “peitinho do papai”, vulgarmente chamado de bico, chupeta e outros nomes. E dessa maneira ele fez.

Eu resisti bravamente resmungando. Minha mãe olhava, meu pai colocava o peitinho do papai na minha boca quando eu reclamava mais alto. Vocês sabem quem ganhou esse cabo de guerra? Meu pai, é claro.

No fim, acabei percebendo que meu bercinho é bem quetinho. Não se compara com o colo do papai e da mamãe, mas há momento para tudo... Vejo vocês aqui em casa!

E mais algumas fotos de hoje para vocês: http://www.flickr.com/photos/47516715@N05/sets/72157624806663208/

domingo, 22 de agosto de 2010

Você nasceu

Você nasceu. Definitivamente, você nasceu. Mais do que em todos esses nove meses, agora você é real, tangível, tocável. Os céus, habitados por Deus e seu anjos, deram-lhe boas-vindas. Sua mãe sorriu, eu me emocionei. Foi um momento mágico.

Quando penso que desse lado de fora aventuras infinitas lhe aguardam, me emociono. Avançando com a mente pelo tempo, te enxergo grande, homem formado, caráter provado, companheiro de seu pai e mãe, amigo de seu irmão, adorador do Deus dos deuses.

Houve choro quando você nasceu. Mas não me engano. Sei que não foi um choro de despedida ou tristeza. Foi a forma mais adequada de extravasar nossa alegria – que não é somente nossa, mas também sua e de todas as pessoas que juntas se alegram nesse momento tão especial.

Pietro, desde o primeiro dia, te amamos. Não havia um momento sequer em que deixamos de pensar em você e planejar este momento. Todo incômodo não se compara ao prazer de tê-lo em meus braços, de sentir seu cheiro, de ouvir sua respiração, de tocar sua pele, de vê-lo dormindo, sorrindo, tateando... enfim, aprendendo a ser humano.

Você é nosso bebê. O bebê do Angelo, da Cristina e do Gustavo. O neném das avós, dos avôs, das bisavós, do bisavô; dos tios e tias, dos primos e primas – o bebê dos amigos.

Que Deus derrame sobre sua vida fé, unção e sabedoria.
Fé para crer no único Deus e assim servi-lo,
Unção para te capacitar para os propósitos divinos, e
Sabedoria para te fazer próspero, abençoado e querido.

A Casa Roxa de espera. Teu quarto azul te aguarda. Seja bem-vindo ao mundo!

[Excepcionalmente, meu pai decidiu escrever um post no meu blog. Obrigado, papai]

Quer dar uma olhada em mim? Clique aqui.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Nasço até domingo

Está decidido. Depois de tanta expectativa, se eu não nascer até sábado, temos agendado meu nascimento para domingo. Um pouco estranho pensar em data e hora para nascer, mas os tempos nos dão essa oportunidade. É bom por que minha mãe e meu pai já não estão dormindo tão bem à noite (os maldosos dizem que é estágio para o que está por vir) por causa do tamanho da barriga que gerei.

Particularmente, não sei quem está mais ansioso por esse momento, eu, afinal todos querem me ver (que coisa boa, hein?!), ou meus pais, que já arrumaram e arrumaram de novo meu quarto...

Nos vemos em breve!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Adoro acordar ao som de música

Os filhos costumam “herdar” certas preferências dos pais. À semelhança de meu pai, minha mãe e meu irmão, que são todos cantores ou músicos, eu adoro música, principalmente se tiver guitarras. Não é bem rock, mas uma levada agitada. O que mais gosto mesmo é acordar ao som de música – me deixa mais disposto.

Meu pai descobriu isso por acaso. Estávamos no carro, voltando para casa pela manhã. Como costumo acordar lá pelas 11 horas, ainda estava no meu soninho sagrado. Então, meu pai ligou o rádio, gostou de uma música e aumentou o volume. Pouco a pouco, aquele som lindo foi invadindo meus ouvidos e me despertando – que delícia!

Como qualquer pessoa que acorda, comecei a espreguiçar-me. Mamãe sempre fica desesperada nessa hora. Meu pai percebeu a agitação atípico e, para meu prazer, aumentou ainda mais o volume do som. Eu adorei, é claro.

Agora ele já sabe: entramos no carro, ele liga o som, aumenta o volume e pronto – começo a me mexer. Queria dizer que estou dançando, mas vocês sabem que não tem espaço para isso aqui dentro.

Saio daqui a qualquer momento. E quando chegar, espero poder curtir muito os mais variado sons aí fora – por que afinal de contas, todo som chega distorcido aqui dentro...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Nasço nas próximas semanas

O dia está chegando. E eu estou dando graças a Deus. Se você já fez uma viagem internacional na classe econômica, daquelas que duram umas 8 horas, sabe um pouco do que estou sentindo. Se você já voltou para casa no metrô de Brasília, às 18 horas, sabe bem o que estou sentindo. Mas se você já pegou o micro-ônibus da estação de metrô para casa, então sabe perfeitamente qual é minha situação aqui dentro. Mas está acabando.

Conforme acordo entre as partes, minha mãe, meu pai e a doutora Wanessa (viu como fui excluído do processo?), se eu não nascer naturalmente até segunda-feira que vem, dia 16/08, um parto cesariano será feito. Então não vou ficar por mais tanto tempo.

Estou feliz por isso e espero que vocês se juntem à minha felicidade - façam-me visitas na Casa Roxa (este o nome da casa de nossa família)! Até a próxima (só não sei se daqui ou daí de fora...).

terça-feira, 3 de agosto de 2010

O quarto branco com azul

Primeiramente quero esclarecer que não torço para o Grêmio, nem para o Avaí e muito menos para a Argentina. Meu quarto é branco com azul por que um quarto vermelho com preto ia parecer mais um terreiro de macumba; e um quarto branco com vermelho ia parecer daquele time popularmente conhecido (o povo é quem diz, não sou eu) como de “frutas”.

Há também o fato de minha mãe ter planejado meu quarto, de maneira que enquanto eu mesmo não posso dizer do que gosto, prefiro confiar no gosto dela. E posso garantir que tudo ficou lindo! [Acesse aqui uma pequena amostra: http://www.flickr.com/photos/47516715@N05/4856909634/]

Como tudo está pronto (menos a famosa mala de maternidade...), estou ansioso para sair logo daqui, dormir no meu bercinho, usar minhas roupas, ser abraçado, cheirado e balançado por todos vocês. Também vou fazer o favor de sempre mamar muito e arrotar pouco para dar umas boas golfadas em vocês. Não estarei rindo no momento, mas saibam que são meus dons artísticos. Lá no fundo, estarei me divertindo.

Quando forem me ver, só peço uma coisa: não apertem minha bochechas. Vocês já viram que ela é bem grandinha (http://www.flickr.com/photos/47516715@N05/4839088333), então não vamos colaborar para elas crescerem ainda mais. Senão ficarei parecendo um Kiko, ou quem sabe, até um Fofão...

Até o próximo post...