quinta-feira, 29 de abril de 2010

Um milagre de criança

Ainda não chegou a minha vez, faltam alguns meses. Mas eu queria registrar, com grande alegria, o nascimento de um coleguinha meu: Daniel Everton – um milagre de criança. Ele nasceu na noite do dia 27/04, saudável e sorridente, vestido num macacão que já rodou meio mundo. Explico.

Daniel tem somente uns 9 meses, todos eles, é claro, vividos na barriga de sua mãe. Mas ele já tem histórias de sobra para contar. Em sua primeira ecografia, os médicos disseram que ele não viria ao mundo. Durante seu desenvolvimento, identificaram problemas e mais problemas que levaram os médicos a considerá-lo uma gravidez de risco. Sua mãe ficou sentindo dores por mais de duas semanas antes do parto. Ele se enrolou no cordão umbilical. Um de seus rins parecia não funcionar. Tudo parecia conspirar contra ele. Mas seus pais crerem em Deus, acreditaram no milagre e profetizaram o impossível. E Daniel, ainda na barriga de sua mãe, uniu suas mãozinhas e orou ao Papai de todos os pais e mãe.

Daí, seu pai resolveu comprar um macacão de bebê. E durante toda a gravidez, ele andava com a roupinha: no carro, no trabalho, na igreja, em casa, no colo, mostrando aos outros aquela peça e dizendo: “aqui está meu filho”. Parecia loucura, mas fé é assim mesmo.

Ontem, ele pode finalmente segurar seu bebê, meu coleguinha, no colo, vestido com aquele macacão.

Felicidades a todos!

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Estou muito bem

Hoje foi o dia da ecografia morfológica; aquela em que se verifica a formação dos órgãos. Meus pais puderam ver meu estômago, meu fígado, meus rins, me cérebro, minha coluna vertebral, meus ossos e muitas outras coisas.

Como eu não gosto quando minha mãe fica de barriga para cima, fiquei me mexendo o tempo todo. Finalmente, meus pais puderam “ver ao vivo” os exercícios que eu fico fazendo aqui. Fiquei chutando, fazendo exercício de bicicleta. Alonguei os braços, colocando as mãos sobre a cabeça.

Mais legal ainda foi brincar de esconde-esconde com a Dra. Cinara e meus pais. Quando eles queriam ver meu rosto, eu colocava as duas mãos na frente e então, de repente, tirava. Foi engraçado (pelo menos para mim).

Estou pesando aproximadamente 435 gramas e medindo uns 28 centímetros, com o coração a um ritmo de 138 batimentos por minutos. Amanhã coloco algumas fotos... estou com soninho. Boa noite.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Meus sonhos

Esta será uma semana agitada. Está agendada para quinta-feira a famosa ecografia morfológica. Ela vai ser usada para observar todos os meus órgãos e verificar que está tudo bem comigo. Na sexta, temos consulta com a Dra. Wanessa.

Por conta de tanta agitação, ando dormindo um bocado. E claro, sonhando... Sonho com o dia em que poderei, finalmente, estar no colo da mamãe, receber um beijo do papai, brincar com meu irmão, ser adulado pelas vovós e vovôs, sorrir das brincadeiras dos titios e titias, passear pelos colos dos amigos e ser o centro das atenções por muito tempo.

Se todos ficam aí fora na expectativa de minha chegada, imagine como eu fico por aqui. Fico só escutando meus pais falando de como será quando eu sair daqui. Ontem mesmo, mamãe não resistiu e comprou um conjunto de calça e casado. Ela disse que naquela roupinha eu vou ficar parecendo um ursinho fofo.

E por falar em sonhos, meu pequeno cérebro começa a crescer a ritmo acelerado. Como consequência, começo a entender, de verdade, o que é sonhar quando se está dormindo. Por falar em dormir... com licença, hora do meu soninho da manhã.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Adolescência gestacional

Acho que estou na minha “adolescência gestacional”. Nunca ouviu falar desse termo? Bem, nem eu. Acabei de criar. Nem mesmo no Google ele existe. Mas esta fase em que estou me faz lembrar da adolescência mesmo: aquele período da vida em que você não é mais criança ,mas ainda não é um adulto também. Veja bem como eu tenho razão:

Agora não sou mais uma “coisinha” na barriga da minha mãe. Ela sente que me mexo e, assim, a gente acaba interagindo mais. Meu pai fala comigo ou apalpa a barriga da minha mãe quando faço meus exercícios. As minhas roupas já lotaram os primeiros espaços reservados para elas (pudera, minha mãe é fashion). Já está quase tudo planejado para a decoração do meu quarto e coisas assim. Sob esse ponto de vista, sou um bebê.

Apesar disso tudo, ainda não sou uma criança de fato, um bebê mesmo; daqueles que as pessoas pegam e apalpam. Não dá para eu ver meus pais, nem ser amamentado. Eles também não podem me cheirar ou me pegar no colo. Não precisam trocar minhas fraldas e nem massagear minha barriga por causa de cólicas. Olhando por esse lado, ainda sou uma "coisinha".

Parece uma coisa confusa, ilógica? Eu sei e concordo. Por isso estou chamando esse período de “adolescência gestacional”: no momento, sou uma mistura de “coisinha” com bebê.

Eu sei que na cabeça dos meus pais já sou uma pessoa completa, mas na minha cabecinha... ah que confusão! Como é difícil ser adolescente...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Academia na barriga

Do ponto de vista do meu pai e mãe, as coisas andam meio paradas por aqui. Embora a barriga da mamãe não esteja crescendo a passos largos, eu estou trabalhando muito por aqui. Minha série diária de exercícios (isso mesmo, como na academia) inclui chutes, empurrões com os pés, soluços, rodopiadas e toda sorte de movimentos.

Como não tenho relógio por aqui, nem sempre sei se é dia ou noite. Daí, quando acordo, vou direto às minhas atividades. Isso causa alguns problemas. Minha mãe não é marinheira de primeira viagem, mas ela ainda estranha meus momentos de malhação. Ainda mais quando está na hora dela dormir.

Uma coisa que ainda não consigo fazer direito é colocar o polegar na boca. Isso ainda está difícil, mas eu chego lá. Pena que, quando finalmente eu conseguir, meus pais vão me fazer trocar o dedo pela chupeta (nada de argumentos contra, pois eles te matam se vocês disserem alguma coisa!).

Bem, vou parar por aqui e continuar minha série de hoje. Preciso aproveitar enquanto ainda tenho espaço aqui dentro. Logo vou parar de malhar para virar contorcionista. Até mais!