sexta-feira, 20 de julho de 2012

Como os adultos trocam suas fraldas?

Preciso compartilhar um questionamento com vocês: por que meus pais não trocam suas fraldas na cama, como eu? Fico intrigado com isso. Vez por outra, quando grito por meus pais, eles respondem que estão no banheiro. Vou correndo até lá, mas a porta está fechada. Pelo cheiro, acho que eles estão trocando as fraldas. Mas por que dentro do banheiro, se é tão mais confortável fazer isso deitado na cama?

Outra dúvida que me atormenta: quem troca as fraldas deles? Eles saem vestidos e sozinhos. E o banheiro não tem outra porta... Será que aquela cadeira, lá no banheiro, com um buraco no meio tem relação com essa história? Suspeito que aquele botão em cima da cadeira tenha algo a ver com isso. E, para dizer a verdade, até tentei apertá-lo um dia desses, mas ele é meio duro para mim.

Algo me diz que meus pais logo vão querer que minhas fraldas sejam trocadas lá dentro do banheiro, pois meu pai vive dizendo que eu estou deixando de ser bebê... Quem sabe, assim, vou descobrir como os adultos fazem para trocar suas fraldas?


sexta-feira, 29 de junho de 2012

Minha primeira vez no cinema


Quarta-feira passada foi um dia muito legal. Fui pela primeira vez a um lugar chamado cinema. Assisti “Madagasgar 3” e adorei.

Fomos àquele local cheio de vitrines coloridas onde minha mãe costuma comprar roupas para mim. Mas, logo, as coisas começaram a ficar diferentes. Ao invés de me deixaram andar no meio das roupas e correr pelos corredores, ganhei um pacote de pipoca de um tamanho gigante e entramos numa sala um pouco escura. 

Sentei no colo do papai e comecei a comer pipoca, muita pipoca.

Aí veio a parte chata. Engasguei com a peles dos milhos. Dei uma gorfadinha e papai enxugou com uma toalha. Mas continuei engasgado e vomitei. A menina da cadeira ao lado saiu correndo, papai e mamãe levantaram-se e fomos ao banheiro nos limpar.

Quando voltamos estava tudo escuro, menos uma televisão gigante. Nela, os bichos ficaram enormes e mais coloridos. Ela era tão grande que fiquei de boca aberta. Acho que mais gente ficou assim, meio abobalhado, pois todas as pessoas ficaram quietas em suas cadeiras sem reclamar. Até pareciam comigo nos dias de faxina aqui em casa. Daí, fiquei me perguntando quem foi que prendeu o cinto das cadeirinhas delas, pois ninguém se levantou. Elas só saíram quando o filme acabou e as luzes foram acessas – gente comportada, hein?

Adorei esse tal de cinema. Bem que meu pai podia colocar uma daquelas televisões gigantes lá em casa...

terça-feira, 26 de junho de 2012

Voltei. I am back.


Isso mesmo – depois de quase um ano sem escrever, papai consegui me convencer de que meu trabalho é único e pode ajudar muitas crianças (e pais) a entenderem-se melhor. Estou perto de completar dois anos e, por isso, vocês podem estranhar um pouco minha nova fase mais falante e cheia de amores objetais.

As novidades? Bem, vou contando devagarzinho, mas posso adiantar que não sou mais aquele bebezinho que cambaleava tentando levar seu corpo para frente e aguentava tudo calado. Isso me ajuda muito, pois agora posso lutar contra o desejo dos adultos de me fazerem seu objeto particular. Eles me colocam no colo, me apertam e querem que eu fique ali, parado e sorridente. Não entendem que já passei dessa fase.

Por exemplo... domingo, depois do culto, Gaby (depois falo mais dessa menina <3) e eu estávamos brincando de corrida por debaixo das cadeiras. A gente se abaixa e vai passando pelas pernas das cadeiras até chegar ao final do corredor. É muito legal e a gente estava se divertindo muito. Mas minha mãe me chamou bem no meio da parte mais legal. Pensam que eu amarelei? Que nada! Como sei que mamãe anda devagar quando está de sapatos altos, comecei a correr pelos corredores. Foi divertido fugir enquanto ela tentava me pegar!

E os desenhos animados? Agora que consigo falar os nomes dos meus personagens favoritos, posso escolher aqueles que vou assistir. Passei da fase da “Galinha Pintadinha” e dos “Teletubbies” (embora tenha uns flashbacks vez por outra). Agora vejo “Pocoyo”, “Rucca”, “Bom Esponja”, “Kong Fu Panda” e, quando meu irmão está de posse do retângulo mágico que controla a televisão, fico sentando vendo “Super Onze”. Mesmo não entendendo muito, tem bola e gol. E como meu irmão de 15 anos curte, acabo me sinto quase um adolescente também...

Nada melhor do que poder andar para onde se quer e poder escolher o desenho que quero assistir... Acabo concordando com papai: a maturidade traz independência.