terça-feira, 13 de abril de 2010

Adolescência gestacional

Acho que estou na minha “adolescência gestacional”. Nunca ouviu falar desse termo? Bem, nem eu. Acabei de criar. Nem mesmo no Google ele existe. Mas esta fase em que estou me faz lembrar da adolescência mesmo: aquele período da vida em que você não é mais criança ,mas ainda não é um adulto também. Veja bem como eu tenho razão:

Agora não sou mais uma “coisinha” na barriga da minha mãe. Ela sente que me mexo e, assim, a gente acaba interagindo mais. Meu pai fala comigo ou apalpa a barriga da minha mãe quando faço meus exercícios. As minhas roupas já lotaram os primeiros espaços reservados para elas (pudera, minha mãe é fashion). Já está quase tudo planejado para a decoração do meu quarto e coisas assim. Sob esse ponto de vista, sou um bebê.

Apesar disso tudo, ainda não sou uma criança de fato, um bebê mesmo; daqueles que as pessoas pegam e apalpam. Não dá para eu ver meus pais, nem ser amamentado. Eles também não podem me cheirar ou me pegar no colo. Não precisam trocar minhas fraldas e nem massagear minha barriga por causa de cólicas. Olhando por esse lado, ainda sou uma "coisinha".

Parece uma coisa confusa, ilógica? Eu sei e concordo. Por isso estou chamando esse período de “adolescência gestacional”: no momento, sou uma mistura de “coisinha” com bebê.

Eu sei que na cabeça dos meus pais já sou uma pessoa completa, mas na minha cabecinha... ah que confusão! Como é difícil ser adolescente...

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